História da Paróquia de São Lucas

  • Data de criação e instalação canônica – 27/12/1970. Assinam o decreto dom José Melhado Campos, então bispo coadjutor e administrador apostólico ‘sede plena´ da Diocese de Sorocaba, e o chanceler do Bispado, monsenhor Sérvulo de Madureira.

 

  • Posse do primeiro pároco, padre Domenico Trivi, na mesma data (27/12/1970)

  • Estiveram presentes à solenidade de instalação da nova Paróquia e posse do primeiro pároco naquela noite, entre outras autoridades e convidados, o prefeito José Crespo Gonzales e a primeira-dama do Município, dona Odila Caldini Crespo. Saudou o novo pároco o cirurgião-dentista dr. Jocelym Jardim Rodrigues, em nome da comissão pró-paróquia. A ata foi lavrada pelo Sr. José Madureira, do laicato católico da cidade, que acompanhava dom José Melhado nessas ocasiões.

 

  • Padre Domenico deixou apontamentos no Livro do Tombo da Paróquia, narrando suas dificuldades pessoais e as muitas dificuldades que marcaram o desejo de dom José Melhado, desde sua chegada a Sorocaba em 1965, de ver criada uma nova paróquia na região do bairro do Vergueiro, em vista, sobretudo, de seu vertiginoso crescimento demográfico, desmembrada do território canônica da Paróquia da Catedral de Nossa Senhora da Ponte, assim como os erros e acertos dessa caminhada. A nova paróquia teria seus limites com a Catedral a partir de onde hoje está a avenida JK, a leste com o rio Sorocaba, ao sul confrontar-se-ia com a Paróquia Salesiana de Nossa Senhora Auxiliadora (criada formalmente em 1968) e, de outro lado, com a divisa geográfica entre os municípios de Sorocaba e Votorantim, junto à Rodovia Raposo Tavares. Italiano de nascimento e vindo para o Brasil com a família durante os episódios da II Guerra Mundial, pertencia ao clero secular da então Diocese de Botucatu. Em 1966, retirou-se dela para passar algum tempo com a família e, conhecendo dom José Melhado que acabara de chegar a Sorocaba como coadjutor de dom José Carlos de Aguirre da época em que, na década de 50, era o vigário-geral da Diocese de Botucatu, pediu a ele para ser aqui acolhido, em vista de desentendimentos com parte do clero botucatuense mais novo e seu bispo, dom Henrique Golland Trindade. Aqui recebido por dom Melhado, a 26 de novembro de 1966 foi investido nas funções de capelão do Hospital Santa Lucinda, com a aquiescência de monsenhor Antônio Pedro Misiara, futuro bispo diocesano de Bragança Paulista, então diretor da Fundação Sorocaba, que dirigia a Faculdade de Medicina. Nessas funções, não sem muitos sacrifícios, problemas e oposições, logo passou, por insistência de dom José Melhado, a se reunir com uma comissão de moradores da região pró-nova paróquia. Oficialmente, porém – relatou posteriormente padre Domenico no Livro do Tombo da Paróquia -, a primeira comissão pró-Paróquia de São Lucas só foi constituída a 28 de agosto de 1968, respaldada num primeiríssimo grupo de moradores da região do Vergueiro que havia passado pelo Cursilho (introduzido em Sorocaba por dom José Melhado em 1967), os ‘cursilhistas` – como escreveu padre Domenico. As reuniões eram realizadas na Escola de Enfermagem, mantida pelas religiosas franciscanas que administravam o Hospital Santa Lucinda, no segundo andar do Hospital Regional. Entre os integrantes dessa comissão, estavam o ex-prefeito Doraci Amaral, dr. Jocelym Jardim Rodrigues, Antônio Bérgamo e Willian Cossermelli. As reuniões do grupo eram freqüentes, tanto na Escola de Enfermagem, como em dependências do antigo Lar (Asilo) São Vicente de Paulo, na rua Santa Cruz (pois além de cursilhistas, muitos eram vicentinos). Com a posse em Botucatu de dom Vicente Marchetti Zioni como seu primeiro arcebispo metropolitano em 1969, sucessor de dom Henrique Golland, padre Domenico conta que tinha tudo para retornar a sua diocese de origem, em vista da superação dos impasses anteriores e sua amizade com dom Vicente Zioni (que anteriormente era o bispo da vizinha Diocese de Bauru), mas pela amizade e pelo acolhimento que recebera de parte de dom José Melhado Campos quando mais precisara resolve ficar em Sorocaba e aceitar o desafio de assumir como primeiro pároco da futura Paróquia de São Lucas.

 

  • Onde construir a futura Igreja Matriz? – Uma questão que desde o início esteve presente nos trabalhos da comissão pró-paróquia era esta. Aventou-se inclusive em construí-la em área que seria doada pela Família Festa no Jardim Emília. Mas como essa doação não se consolidou,assim como se apresentava completamente inviável aproveitar-se, pelo menos na ocasião, sobretudo por causa do tamanho e das dificuldades financeiras, as estruturas existentes desde a década de 50 junto à Faculdade de Medicina para a implantação do Santuário Nacional de São Lucas, dedicado ao padroeiro dos médicos, a 5 de fevereiro de 1969 resolveu a comissão oficiar à Fundação Sorocaba, mantenedora da Faculdade de Medicina antes desta ser entregue junto com o Hospital Santa Lucinda à Puc-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), solicitando a cessão (depois decidida que por comodato à Mitra (Arqui)Diocesana) de área ao lado das estruturas do inacabado Santuário Nacional de São Lucas, com frente para a rua Cláudio Manoel da Costa.

 

  • Durante a longa enfermidade que acometeu padre Domenico nos anos 83/84 padre Álvaro Portugal Sobrinho e padre Inácio Kriguer, depois de sua morte provisionados como vigário paroquial e pároco respectivamente, já respondiam interinamente pela Paróquia, contando ainda, na retaguarda, com o auxílio também do cônego Francisco Lyrio de Almeida.

 

  • No Jardim Sandra, as missas começaram a ser celebradas a 17 de fevereiro de 1979, por decisão do pároco, padre Domenico Trivi. Inicialmente, a Comunidade era dedicada à Sagrada Face.

 

  • IMAGENS: A imagem do Padroeiro, São Lucas, foi adquirida em 1982, doada por dona Maria Aparecida Caiuby e dona Amélia Bellini. A imagem de Nossa Senhora da Conceição, depois de restaurada, foi doada pelo bispo dom José Lambert a 8 de maio de 1982.

 

  • A Semana Santa de 1984, com a doença de padre Domenico, foi atípica, com o bispo dom José Lambert, cônego Mauro Vallini e padre Álvaro Portugal Sobrinho se revezando nas diversas celebrações.

 

  • Padre Domenico Trivi faleceu a 3 de maio de 1984 no Hospital Santa Lucinda, sendo sepultado na manhã do dia seguinte no Cemitério9 da Saudade, aqui mesmo em Sorocaba, em sepultura perpetua pertencente à Diocese e onde já estava enterrado o padre José Zanolla. Causa mortis: leucemia agravada por problemas cardíacos.

 

  • Já o padre Álvaro Portugal Sobrinho, vigário paroquial, faleceu às 12h45 do dia 9 de dezembro de 1985. Após participar de missa de ordenação sacerdotal do padre José Martins, na igreja matriz de Nossa Senhora das Dores, em Araçoiaba da Serra, pela manhã de 8 de dezembro, quando também ficara muito emocionado pelas homenagens pelo 2º aniversário de sua ordenação sacerdotal, voltara a Sorocaba após confraternização do clero, para presidir a celebração da missa da noite na igreja matriz de São Lucas. Aqui, quando do momento de ação de graças da missa, ao aproximar-se do altar, sofreu isquemia cerebral. Socorrido imediatamente, foi levado para a UTI do Hospital Santa Lucinda. Ele era natural da cidade paulista de Jardinópolis e tinha 68 anos de idade. Também foi sepultado no túmulo da Diocese no Cemitério da Saudade (sepultura 158 – chapa 14.059 – Quadra 4).

 

  • PADRE RICARDO DIAS NETO – Na Missa de Natal de 1986, entregou à Comunidade do Jardim Sandra quadro da Sagrada Face (Santo Sudário), vindo de Turim (Itália), presente de d. José Lambert.

 

  • Em maio de 1988, padre Ricardo aventa possibilidade de ampliação da Igreja Matriz, com sinal verde da parte do bispo dom José Lambert, que vem em visita pastoral à Paróquia nos dias 10, 11 e 12 de junho daquele ano. Durante esta visita pastoral, o bispo preside a celebração de missa marcando, na tarde de 11 de junho, a criação da Comunidade do Jardim Santa Fé, então dedicada à Santa Cruz (depois de Nossa Senhora Aparecida, a partir de 11 de fevereiro de 1996, e finalmente de São Camilo, em homenagem à chegada dos Padres Camilianos à Paróquia).

 

  • Em maio de 1989, o padre Ricardo envia o projeto de ampliação da Matriz, preparado por alguns engenheiros e arquitetos paroquianos, entre eles o dr. Hélio Ferreira e Marco Antônio Bengla Mestre, à Alemanha, ao programa Adveniat, em busca de recursos.

 

  • Padre Ricardo acumula a Paróquia de São Lucas com a Paróquia de São Carlos Borromeu no ano de 1991 (posse a 19 de janeiro), mas logo no início do ano já é anunciado que ele deve ir a Roma, para cursar Mestrado em Teologia Bíblica, na Pontifícia Universidade Gregoriana.

 

  • Provisão de 9 de outubro de 1992, assinada por dom José Lambert, oficializa padre Daniel Hubert Jansen como Vigário Paroquial. Neste período, o pároco padre Paulo Roberto Gonzales fazia Mestrado no Rio de Janeiro em Direito Canônico e vinha a Sorocaba de quinze em quinze dias.

 

  • Dia 10 de setembro de 1996, a Paróquia recebe a primeira visita dos padres Fermino Valdemar Paschoal e Antônio Mendes de Freitas, trazendo o interesse da Ordem dos Ministros dos Enfermos (os Padres Camilianos) em assumi-la, a convite do Arcebispado de Sorocaba, encarregando-se também da dinamização da Pastoral da Saúde dentro da Arquidiocese de Sorocaba. A chegada e posse dos dois primeiros camilianos foi a 18 de janeiro de 1997.

 

  • 12 de julho de 1998 – inauguração da Capela de São Camilo, no Jardim Santa Fé, dentro da Festa do Patrono dos Padres Camilianos na Paróquia de São Lucas.

 

  • 19 de março de 1999 – Festa litúrgica de São José, com missa campal terminada debaixo de chuva para marcar o lançamento da pedra fundamental para a construção da Capela de São José do Lageado, ao lado do Parque da Biquinha.

 

  • Setembro de 1999 – Visita à Comunidade Camiliana da Paróquia de São Lucas do geral da Ordem dos Ministros dos Enfermos, vindo de Roma, padre Angelo Brusco.

 

  • Aparece no Livro do Tombo, em dezembro de 1999, criação de nova Comunidade dentro da Paróquia, no Condomínio São Bento II, dedicada a Santo Estevão.

 

  • Chega à Paróquia o padre Camilo João Munaro a 28 de abril de 2000. Primeiro como vigário paroquial e, um ano depois, como pároco. Vinha de Fortaleza (CE), onde era o superior da Comunidade Camiliana local.

 

  • Padre Camilo toma posse como pároco a 4/2/2001, na celebração de seu Jubileu de Prata Sacerdotal (25 anos).

 

  • 9/10/2002 – Provisão do arcebispo dom José Lambert para instalação do Santíssimo na Capela de São José do Lageado. Oficialização e benção pelo próprio arcebispo.

 

  • 12/7/2003 – Padre Fermino adoece e é levado a São Paulo – e depois à Casa de Repouso dos Camilianos na Granja Viana, na cidade de Cotia, retirando-se, assim, da Paróquia e de Sorocaba.

 

  • 12/2/2004 – Chega para auxiliar na Paróqu7ia o padre Mauri Antônio Welter, MI, mas sua posse oficial pelo arcebispo dom José Lambert só se dá a 2/4, com provisão canônica do dia seguinte.

 

  • Padre Genimar Moretto, MI é empossado como pároco a 3/7/2004, com padre Camilo sendo transferido para Santos e depois São Paulo (capelão da Santa Casa de Misericórdia).

 

  • No Natal de 2004, é entronizado belo Crucifixo na Capela de São Camilo, no Jardim Santa Fé, restaurado depois de doado pela Paróquia do Bom Jesus dos Aflitos.

 

  • Presença de dom Amaury Castanho, ex-bispo auxiliar da então Diocese de Sorocaba entre outubro de 1976 e dezembro de 1979 e, agora, bispo emérito da Diocese de Jundiaí, já muito doente (câncer), vem a Sorocaba para pregar na Festa de São Lucas a 17 de outubro de 2005, participando também na Paróquia de São Lucas de `noite de autógrafos´ preparada por amigos para lançamento de seu penúltimo livro, sobre Matrimônio e Sexualidade, “O Casal Humano na Sagrada Escritura”. Ele faleceria a 1º de junho de 2006, depois de seis meses de internação na UTI de hospital de Jundiaí.

 

  • 22/2/2006 – Inauguração do Restaurante Bom Prato, com a presença do governador do Estado, Geraldo Alckmin.

 

  • Aquisição de pálio para a Festa de Corpus Christi´2006 pelo padre Genimar Moretto, MI

 

  • Presença da Banda e Coral dos “Arautos do Evangelho” na procissão e missa solene de encerramento da Festa de São Lucas.

 

  • O Livro do Tombo não registra, mas deve ter sido no início do ano de 2006 o desligamento do cargo de vigário paroquial do Padre Mauri, camiliano, que pediu à Santa Sé dispensa do exercício ministerial, para, como leigo, contrair Matrimônio.

 

  • Novembro de 2006 – Padre Genimar, ao mesmo tempo em que prepara a Paróquia, inclusive realizando reformas emergenciais de acessibilidade na Igreja Matriz e na Casa Paroquial para a chegada dos Padres Teatinos, vai a Cachoeiro do Itapemirim (ES), conhecer a Comunidade Camiliana local, para a qual estava destinado depois que deixasse Sorocaba.
  • Janeiro de 2007 – Os Padre Camilianos deixam a Paróquia de São Lucas e a Arquidiocese de Sorocaba.
  • 26 de janeiro de 2007 – Os Padres Teatinos (Ordem dos Clérigos Regulares) assumem a direção da Paróquia de São Lucas.